A Secretaria do Planejamento e Orçamento (Seplan) apresentou nesta quinta-feira, 12, o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral do Tocantins. Calculado em R$ 24,2 bilhões, o resultado aponta um crescimento estimado de 3,1% em comparação ao mesmo período do ano de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, o levantamento apresenta uma taxa de crescimento estimada de 7,1%.
DIVULGAÇÃO PERIÓDICA DO PIB
Conforme o governo, a partir de agora, o PIB trimestral do Estado será divulgado assim que encerrar o período equivalente, permitindo um monitoramento frequente da economia. Com a iniciativa, o Tocantins a a integrar o seleto grupo de 16 estados que já realizam o cálculo do PIB trimestral, fortalecendo a transparência, o planejamento estratégico e o desenvolvimento socioeconômico.
DADOS CONFIÁVEIS E ESTIMATIVA PRÓXIMA DA REALIDADE
Titular da Seplan, Sergislei Moura destacou que a divulgação trimestral do PIB permitirá um acompanhamento mais preciso e contínuo dos indicadores econômicos. “Estamos disponibilizando à comunidade dados confiáveis e estimativas de uma realidade próxima e palpável. O PIB é divulgado pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] com uma defasagem de dois anos, e com PIB trimestral, o Estado apresenta uma estimativa eficiente para a melhoria das políticas públicas, o direcionamento de investimentos e a atração de investidores”, argumenta.
PREOCUPAÇÃO COM O PLANEJAMENTO BEM ESTRUTURADO
O superintendente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Tocantins, Paulo Ricardo Amaral, enfatizou que a iniciativa representa para o órgão uma contribuição estratégica. “Para além de um dado específico, a elaboração do PIB trimestral oferece informações atualizadas e representa a preocupação com o planejamento bem estruturado e com o futuro do Tocantins. Trata-se de um compromisso que vai além da informação técnica, é um compromisso com a sociedade tocantinense e também com os próximos anos”, pontuou.
ENTENDA
Para o levantamento, a projeção considera três setores: agropecuária (lavouras permanentes, temporárias e pecuária); indústria (construção civil, indústria de transformação e eletricidade, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação); e serviços (comércio, transporte, istração pública e outros). Os dados são produzidos com base em um sistema de cálculos que analisa variações nos dados econômicos ao longo do tempo. Por isso, os resultados divulgados são considerados preliminares e podem ar por revisões posteriores, especialmente quando há atualizações na base de dados utilizada, como a publicada pelo IBGE.
NÚMEROS
O PIB trimestral do Tocantins em 2025 totalizou R$ 24,2 bilhões. Desse montante, R$ 11,2 bilhões vieram do setor de serviços; R$ 9,1 bilhões da agropecuária; e R$ 1,7 bilhão da indústria. Houve ainda a adição de R$ 2 bilhões referentes a produtos líquidos de subsídios. Desta forma, o PIB do Tocantins registrou crescimento de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Valor Adicionado a preços básicos também avançou 3,1%, enquanto os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios tiveram alta de 3,3%.
ACUMULADO
O PIB acumulado nos últimos 12 meses (de abril de 2024 a março de 2025) apresentou crescimento de 7,1%, o que resultou no avanço de 7,3% do Valor Adicionado a preços básicos e de 5,5% nos Impostos sobre Produtos Líquidos e Subsídios. Com isso, o resultado nesta comparação foi de um crescimento de 10,5% para a agropecuária; 10,4% para a indústria; e 5,3% para o setor de serviços.
SETOR AGROPECUÁRIO
A agropecuária foi o setor com maior crescimento no Tocantins, no primeiro trimestre de 2025, com alta de 4,7% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pela produção de soja, favorecida por boas condições climáticas, aumento da área plantada e maior produtividade. A criação de bovinos e a produção de banana e do coco-da-baía também contribuíram para o resultado.
SERVIÇOS
O setor de serviços cresceu 3,3% no período, fortalecido pelas atividades de comércio (móveis, eletrodomésticos e materiais de construção), além do setor de transportes, com destaque para serviços voltados à hospedagem, logística, alimentação e outros serviços prestados às empresas. Já o setor da indústria, apesar do bom desempenho das atividades de construção civil e da indústria de transformação (produtos alimentares e produtos químicos), obteve recuo de -1,6%.
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